Um total de 570 jovens participarão gratuitamente dos cinco cursos que trabalham os elementos do hip hop: MC, DJ, breaking, graffiti e conhecimento.  374 alunos já foram formados pelo programa em 2024 e no primeiro bimestre de 2025.

Museu da Cultura Hip Hop RS – primeiro da América Latina – acaba de anunciar o lançamento do seu Programa de Formação, financiado por meio da Lei Rouanet,  patrocínio Petrobras e apoio do Sesc RS. Composto por duas turmas de cada curso, o programa irá formar gratuitamente 570 alunos através de oficinas, com 24 horas-aula, sobre os cinco elementos do hip hop: MC, DJ, breaking, graffiti e conhecimento. 374 alunos já foram formados pelo programa em 2024 e no primeiro bimestre de 2025.

Entre 28 de abril e 16 de maio, os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponibilizado nas redes oficiais do Museu da Cultura Hip Hop RS. É necessário ter entre 10 e 24 anos. Além disso, por meio da Alvo Cultural, os oficineiros realizam uma busca nas escolas públicas dos bairros Rubem Berta e Vila Ipiranga, zonas periféricas no entorno do Museu.

Programa de Formação 5 Elementos tem como prioridade eleger estudantes em vulnerabilidade social, negros e mulheres. Também existe uma cota de suplentes para que, em caso de desistência, as turmas sejam fechadas através desta lista de espera. Ao finalizarem o curso, os alunos irão receber certificação. 

Co-produzido pela Alvo Cultural, com patrocínio da Petrobras e apoio do Sesc RS, o Programa de Formação do 5 Elementos visa a ampliação da qualidade de vida na perspectiva da coletividade. Sendo uma oportunidade para que os alunos desenvolvam sobre temas importantes como fortalecimento da cidadania, autonomia responsável e construção de consciência pública, tendo como tema horizontal a cultura hip hop.

Oficinas do Programa de Formação Museu da Cultura Hip Hop RS

Oficina de Conhecimento – ministrada por Jean Andrade

27 de maio a 15 de julho
Todos as terças-feiras
Das 9h às 12h – Turma 1
Das 14h às 17h – Turma 2
Seis turmas
8 encontros de 3 horas-aula cada
20 alunos por turma

Descritivo:

A oficina de Conhecimento, o 5º elemento da Cultura Hip Hop, é um âmbito de reflexão e ação no qual se pretende superar  a separação que existe entre a teoria e a  prática, entre conhecimento e trabalho e entre a educação e a vida. A oficina é uma metodologia de trabalho que prevê a  formação coletiva. Ela prevê momentos de interação e troca de saberes a partir da uma horizontalidade na construção do saber inacabado. Sua dinâmica toma como base o pensamento de Paulo Freire no que diz respeito à dialética/dialogicidade na relação educador e educando. Sendo assim, é uma dinâmica democrática, participativa e reflexiva que toma como fundamento do processo pedagógico a relação teoria-prática, sem enaltecer a figura do educador como única detentora dos conhecimentos.

Jean Andrade

Administrador, estudante de MBA em Gestão de Projetos da Fundação Getúlio Vargas. Produtor cultural, fundador da Alvo Cultural, Slam do Vida, Escola do Hip Hop. Realizou mais de 300 projetos em 25 anos de trabalho na área cultural.

Oficina de DJ – ministrada por DJ Mosquito

28 de maio a 16 de julho
Todas as quartas-feiras
Das 9h às 12h – Turma 1
Das 14h às 17h – Turma 2
Seis turmas
8 encontros de 3 horas-aula cada
15 alunos por turma

Descritivo:

A oficina de DJ busca gerar oportunidade para quem quer aprender a tocar como hobby ou se lançar no mercado, utilização de equipamentos, técnicas de mixagem, além de apresentar a diferença entre as versões de músicas e mídias utilizadas pelos DJs. As juventudes aprendem em aulas práticas sobre disparo, volume, ganho, compasso, contagem de compasso, harmonia musical, loop, Master Tempo, mixagem usando Pitch, Pitch Bend, Modo Vinyl, Break, além de introdução à mixagem em computador: Pitch X Sinc. Também serão dadas orientações sobre como se comportar no mercado da música, abordando temas como ética, postura e público Buscando gerar oportunidade para que os alunos entrem no mercado de trabalho, possibilitando assim a geração de renda na economia criativa da cultura. Ensinando teoria e prática, abordando também o trabalho na montagem e conexão de diversos equipamentos, afinação, controle de pitch, regras, batidas por compasso, equalização, práticas e gravação de uma mixtape.

DJ Mosquito

Fabrício Garibaldi Rodriguez, aka Mosquito, é DJ, produtor, ativista e um dos nomes que fortalece a black music e a cultura hip hop desde 2000. Criador de labels como Black Box, Apollo e Get Down, também acumula experiência Internacional, já tendo participado de eventos no Uruguai, Argentina e Espanha. Dono de uma técnica apurada, sua discotecagem dá vida a música, trazendo mixagens avançadas e técnicas performáticas que impressionam e empolgam a pista. Mosquito também participa de projetos sociais em escolas da rede pública. É integrante do coletivo AVU e um dos idealizadores e organizadores do coletivo Santa Jam, evento realizado em escolas, parques e praças do Rio Grande do Sul. DJ Mosquito ainda ministra aulas em Cursos de Formação de DJs e colabora com a Escola Aimec, umas das maiores escolas de DJs e Produção Musical da América Latina.

Oficina de MC – ministrada por Nathy –

29 de maio a 17 de julho
Todas às quintas-feiras
Das 9h às 12h – Turma 1
Das 14h às 17h – Turma 2
Seis turmas
8 encontros de 3 horas-aula cada
20 alunos por turma

Descritivo:

Aproximar a escrita do rap, da música e da periferia. A proposta da oficina de MC tem o objetivo de provocar as juventudes e despertar interesse na vida que os cercam, com um olhar poético, tanto em versos quanto em prosa rimada ou não. A oficina será um passeio pela história da música rap, contado e experimentado através desta linguagem. Reconhecendo a evolução da escrita e da cultura hip hop na história da civilização: mídias contemporâneas, atos históricos, movimentos sociais, direitos humanos, dentre outros temas de suma importância. Como produto final, objetiva-se uma produção musical autoral, desde a composição literária, bem como aprofundamento na produção musical.

Nathy

Nathiely Souza, também conhecida como Poeta, desperta aos 34 anos como mãe do Kauan, do Lucas e da Luara. Cresceu no bairro Restinga, uma comunidade periférica de Porto Alegre. MC no grupo Conexão Katrina, poeta slammer e escritora, é uma das representantes do Rio Grande do Sul no campeonato nacional de poesia falada Slam BR. Mulher, preta periférica destaca-se por desenvolver trabalhos sociais e culturais dentro e fora da sua comunidade.

Oficina de Graffiti 

29 de maio a 17 de julho
Todas as quintas-feiras
Das 9h às 12h – Turma 1
Das 14h às 17h – Turma 2
Seis turmas
8 encontros de 3 horas-aula cada
20 alunos por turma

Descritivo:

A oficina de Graffiti visa aprofundar os conhecimentos dos participantes sobre a arte do grafite na ótica da Cultura Hip Hop, transformando em arte o cotidiano que estão inseridos. Serão concebidas atividades nas quais os participantes irão conhecer um pouco da história do grafite, seus diferentes estilos e técnicas, suas principais características, seus principais representantes a nível local, estadual, nacional e internacional, além de vivenciarem a grafitagem na prática, desde a criação do esboço no papel até a sua aplicação na parede.

Oficina de Breaking – ministrada por Deaf

30 de maio a 18 de julho
Todas as sextas-feiras
Das 9h às 12h – Turma 1
Das 14h às 17h – Turma 2
Seis turmas
8 encontros de 3 horas-aula cada
20 alunos por turma

Descritivo:

A oficina de dança Breaking traz o conhecimento na prática sobre a dança que deu origem às danças relacionadas ao Hip Hop, e abordará fundamentos da dança como: Top Rock, Drop, Foot Work Freezes, Power Moves e Stance, utilizando dinâmicas de grupos e trabalho individual, de modo inclusivo e acolhedor, abrindo espaço para debates como a profissionalização do Breaking que também é modalidade olímpica, com estreia marcada para 2024 em Paris na França.

Deaf

Oriundo de Porto Alegre, deu início a sua carreira no ano de 2007 com o grupo Restinga Crew, fazendo trabalhos sociais e artísticos com públicos de todas as idades. Atuando como competidor nas batalhas de breaking, se fez presente nas primeiras colocações de alguns eventos como: Vivências Urbanas, Alvorada Old School Competition, Bboys na Peleia, Battle In The Cypher, Summer Class Battle, Confronto Final, Arena de Formação, entre outros. Passou também por grupos como My House, Stravagance, Buzão 209, Cia do Território da Dança, Cia da New School Dreams. Hoje aos 30 anos faz parte do elenco do Trivial – Um Espetáculo de B.boys, que surgiu em Junho de 2023 e já se apresentou em alguns dos maiores festivais do Rio Grande do Sul.

Como visitar o Museu da Cultura Hip Hop RS?

Localizado na Rua Parque dos Nativos 545, Vila Ipiranga, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o Museu fica aberto para visitação de terça-feira à sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Neste período, é possível optar por visitas agendadas ou livres. 

As visitas agendadas acontecem duas vezes ao dia, às 9h e às 14h, sendo destinadas a grupos de até 50 pessoas. Para marcar uma visita basta acessar o formulário de agendamento – clique aqui. Toda visita agendada é guiada por mediadores que conduzem o grupo com explicações sobre as mostras em cartaz.

As visitas livres são abertas ao público, não sendo obrigatório agendamento. Nesta modalidade, caso o interessado deseje ser guiado pelos mediadores, basta chegar ao Museu no horário em que se iniciam as visitas agendadas para participar junto ao grupo do dia. Mais informações sobre programação através das redes oficiais do Museu da Cultura Hip Hop RS.

Sobre o Museu da Cultura Hip Hop RS

Inaugurado no ano do cinquentenário do hip hop no mundo, o Museu da Cultura Hip Hop RS é o primeiro na América Latina dedicado ao movimento. Com um espaço de quatro mil metros quadrados, o Museu é uma iniciativa coletiva da Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, e objetiva o fortalecimento de outros estados brasileiros para criação de museus, organizando uma rede capaz de construir o Museu Brasileiro da Cultura Hip Hop nos próximos cinco anos. O complexo reúne cerca de seis mil itens de acervo físico e digital sobre a história do hip hop gaúcho. Inspirado no The Universal Hip Hop Museum nos Estados Unidos, conta com salas expositivas, atelier de oficinas, café, loja, estufa agroecológica, biblioteca, estúdio musical, multipalco e a Quadra Petrobras. O Museu da Cultura Hip Hop do RS tem financiamento da Lei Rouanet, patrocínio master da Petrobras e patrocínio do Instituto Neoenergia. Realização do Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução.

Veja mais novidades aqui