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História Do Basquete De Rua

Basquete de Rua - StreetBall


O termo "Streetball" não tem origem apenas no jogo conhecido como Streetbasketball mas também tem uma associação especial com a cultura da juventude. O esporte é conectado à imagem do gueto, que este tem ligação com a música (RAP e HipHop ).

Esta associação deve-se provavelmente às raízes do Streetbasketball, encontradas nos quintais de cidades grandes americanas, onde muitos jovens de comunidades mais pobres dos Estados Unidos vêem no esporte e no Streetball uma possibilidade maior e especial para um futuro melhor.

O primeiro grande ícone do Streetball foi o universitário Earl “the Goat” Manigault em meados da década de 50. Este malabarista das quadras de 1,89m, considerado por muitos o melhor jogador de basketball de todos os tempos, parecia desafiar a gravidade e será recordado sempre como uma legenda do esporte.


O Streetball pelo mundo...

Carro-chefe do Streetball no mundo, a AND1 promove desde o ano 2000, turnês anuais com uma verdadeira seleção de fenômenos do basquete de rua. Além de percorrer inúmeras cidades norte-americanas, a AND1 já desfilou o talento de vários atletas como Skip To My Lou, Tru Baller, Hot Sauce, Helicopeter, Headacher, por países da Europa, Ásia e Oceania.

É do Harlem que vem a força do street. O time do Harlem Renaissance rodou o EUA desafiando os vários times, tornou-se referência. Na liga norte-americana encontra-se jogadores com características do street, entre eles o famoso atleta Allen Iverson.

Além da AND1, existem outros grupos de peso mundo a fora, principalmente na França e no Canadá. A francesa SLAM NATION agrega uma série de jogadores europeus e africanos com a agilidade e versatilidade impressionante, produzindo verdadeiros malabaristas do basquete.basquete3
Falando novamente em Brasil, o Streetball tem fornecido jogadores também para o basquete de quadra, como é o exemplo do norte-americano Bryan Taylor que disputa a Liga Nacional Brasileira pela equipe de Limeira/SP mas, em entrevista ao site da AND1, mostrou que não esqueceu suas origens- “Eu planejo jogar no Brasil muitos anos. Eu ainda não tive a oportunidade de jogar street no Brasil mas isto é uma coisa que definitivamente farei muito em breve.”- concluiu Taylor.

O basquete de rua é a continuidade do basquete de quadra...

O basquete de rua dá ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas espetaculares. O street ball é a continuação do basquete de quadra, onde são valorizadas, principalmente, a habilidade e criatividade de cada atleta. Com regras menos rígidas do que o basquete de quadra, o basquete de rua pode ser jogado com qualquer tipo de formação; desde o um contra um até o 5 contra 5. No entanto, entre as disputas mais comuns está o 3 contra 3, que é o torneio mais conhecido no Brasil. No streetball a altura não é fator indispensável, e sim a habilidade técnica e de improvisação de cada atleta.

Modalidade bastante comum nos Estados Unidos, os “rachas” ou peladas de basquete podem ser jogados em praças ou ruas de qualquer cidade do país, sempre embaladas pelo som do Rap. E quem assiste a uma dessas disputas tem a garantia de presenciar um verdadeiro espetáculo, cheio de disputa, jogadas inesperadas e enterradas sensacionais.
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De acordo com o presidente da LUB, o Filó, o atleta de basquete de rua, mais caracterizado pela disputa individual, tem que ter, entre outras qualidades, alegria e equilíbrio. “A qualquer momento um atleta de rua pode levar uma jogada inesperada e, para isso, ele precisa do fair play”.

O basquete de rua já é uma realidade no Brasil, mas faltam ainda alguns passos para alcançar a projeção que tem nos EUA, como ofertas de patrocínio e espaço para divulgação do esporte.

Principais jogadas de Street Ball...

Crossover: principal jogada do Street, o crossover é um corte normal, como no basquete de quadras, só que com maior impulso. Sua principal vantagem é a quebra da defesa.

Caneta: jogada característica como no futebol. O jogador joga a bola entre as pernas do adversário.

Hurrycane: passar a bola com a mão direita entre as pernas, só que por trás, até o lado esquerdo. O balanço da jogada faz com que ela pareça uma dança.basquete2

Enterrada: jogada que levanta o público no basquete de quadra, a enterrada é marcada pela junção de força e plasticidade. O atleta precisa ter bastante impulsão e criatividade para tornar o lance ainda mais especial.


Basquete espetáculo se prepara para invadir o Brasil...
A Liga Urbana de Basquete (LUB), fundada em agosto de 2004, é uma organização sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo o desenvolvimento sócio-esportivo do basquete praticado nas ruas. Misturando música, dança, arte e utilizando o esporte como instrumento social, a LUB, além de divulgar o basquete de rua, tem como meta desenvolver o sentimento comunitário, criando uma plataforma de visibilidade positiva aos talentos da cultura urbana.

Formada por atletas habilidosos de diversas comunidades do Rio de Janeiro, que unem versatilidade com a malandragem das ruas cariocas, a LUB pratica o basquete-espetáculo no melhor estilo do streetball americano embalado ao som do hip-hop e das principais vertentes culturais como o grafite, a dança dos b-boys, e o som dos DJ’s e MC’s.

basquete4No Rio, a Liga Urbana dá os seus shows ao som da Banda Dughettu, que acompanha a trupe desde o início. Visando ampliar o trabalho nacionalmente, a LUB já possui um núcleo em São Paulo, formado por 12 atletas que, ao ritmo do rapper Big Richard, fazem brilhar as quadras paulistas. Desde fevereiro, a LUB passou a ser treinada pelo experiente Alberto Bial. Com 33 anos de carreira, Bial chega a Liga Urbana de Basquete com o objetivo de fortalecer a equipe tanto estratégica quanto fisicamente, dando início a nova fase competitiva da Liga.

 

Segundo o presidente da LUB, Asfilófio de Oliveira Filho, o Filó, Bial representa a competência técnica e operativa da Liga Urbana de Basquete. “Seu objetivo é materializar a proposta da LUB, que é utilizar o esporte como transformação social, além de popularizar o basquete seja ele o streetball ou basquete tradicional”, afirma Filó