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Artistas urbanos do ES, participam da exposição Preza!

Uma grande oportunidade de ver de perto, trabalhos de artistas renomados da Arte Urbana
A Secretaria de Cultura da Ufes (Secult), por meio da Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu), informa que dará início a exposição: Preza!, com trabalhos criativos hibridamente associados em maior ou menor grau à produção artística e à estética da rua ("street art", "arte de rua", "arte urbana": graffiti, estêncils, aerografias, pinturas, colagens, stickers, cartazes, lambe-lambes, poemas, instalações etc.).

Com curadoria de Waldir Barreto, Co-curadoria de Ficore Kalic e Renato Ren, a mostra conta com a participação de 14 expositores: Abstrato no Concreto, Alex, Basi, Ficore, Ronaldo Gentil, Iranubs, João Oliveira (vídeo-documentário "A febre"), Keka Florêncio, Lu Bicalho, Made in China, Moska, Renato Ren, Starley Bonfim e Tira.

A exposição iniciará no dia 14 de setembro, a partir das 14h, quando o visitante poderá acompanhar pinturas ao vivo.
No mesmo dia, das 18h às 21h30, teremos a apresentação do DJ Brau Beats.
 
Preza! ficará aberta à visitação até o dia 27 de outubrodas 10h às 17h, na Gaeu, que se localiza no campus de Goiabeiras.
Visitas em grupo podem ser agendadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo telefone (27) 4009-2371. Acessem o Instagram da Expo Preza
 
Durante o período também teremos rodas de conversas. A programação completa será divulgada posteriormente. 

Curadoria:
Esta não é apenas uma exposição de arte. Antes, Preza! é uma imposição de cultura. Com isso, quero dizer duas coisas. Primeiro, o conjunto de produções aqui oferecido não “coloca” nada “para fora”, não “ex-põe” nada. Ao contrário, e de certo modo, “coloca para dentro” algo que é externo, “in-pondo”, diametralmente, não só uma alegada franquia estética da rua à instituição, mas também, a essa visualidade supostamente franqueada, os institutos inerentes à galeria, à universidade e à própria arte. E que não se presuma desta dupla “in-posição” nenhum clichê de “bom” ou de “mau”, pois nessa “in-portação” não há quaisquer chancelas de valor. [Aliás, a origem das palavras impor e importação é a mesma de importância: do verbo latino in-portare, referindo-se a “levar” ou “carregar” algo – no caso, da cidade – “em” ou “para” – no caso, a universidade – numa ação que é significante.] Segundo, a importante importação daqueles muros aqui impostos a estas paredes, como assim prezada, não é mais do que uma invocação reflexiva do tipo de manifestação criativa espontânea e popular que ultrapassa (e muito) o campo específico da arte.

Trata-se, portanto, de uma amostragem (impositiva) e não de uma mostra (expositiva). É uma             1

porção, embora pequena e exclusiva, muito representativa de todo um vasto variado da nossa cultura visual metropolitana. Com ela, pretende-se apenas vislumbrar prospectivamente a importância dessa vastidão e dessa variedade da rua no contexto específico da academia. Nem é uma espécie de escaparate erudito para a imageria urbana (não há vitrine que supere as ruas), nem algum tipo de estandarte diletante para o discurso acadêmico, embora exiba uma e profira o outro. Entre a rua e a academia, Preza! não é sobre a estética da primeira, tampouco sobre a eidética da segunda, mas sobre a dialética do “entre”.

Ora  que afirmações como a de Leon Tolstoi – que definia arte em 1897 como “um meio de

união entre os homens” – ou a da cineasta iraniana Mania Akbari 123 anos depois – “arte está entre nós; arte é diálogo profundo” – acabem encontrando alguma coincidência em Preza!  será mais do que mera semelhança. Então, só força; que se a preze.

Waldir Barreto

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