Como transformar uma banda em uma microempresa
Como transformar uma banda em uma microempresa
Geralmente o músico é quem menos ganha dinheiro com a música. Ser músico hoje em dia não é mais só ensaiar e tocar. O músico precisa aprender a tocar o negócio.
O negócio da música faz parte da indústria do entretenimento, segmento que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo, superando a indústria automobilística em faturamento, ficando atrás apenas da indústria bélica.
A cadeia produtiva da música está baseada principalmente em três fontes de renda: o disco, o show e os direitos autorais. Muitos contratantes de show, empresas patrocinadoras e até editais públicos de fomento exigem que o proponente tenha personalidade jurídica, vale dizer, CNPJ.
A Lei Complementar 128/08 criou a figura do empreendedor individual, que paga impostos fixos mensais até o faturamento máximo de R$ 36 mil/ano. A Lei Complementar 133/09 (Simples da Cultura) reduziu a carga tributária para as microempresas culturais, da alíquota inicial de 17,5% para apenas 6%.
A economia brasileira está crescendo, com a moeda estabilizada. Mais emprego, mais renda, maior consumo das famílias brasileiras. Recente pesquisa revelou que o show de música é a segunda atividade cultural mais frequentada pelo brasileiro, que acha justo pagar, em média, R$ 16 por um show e R$ 9 por um disco. O ambiente está favorável à criação e ao desenvolvimento econômico sustentável de empreendimentos musicais de pequeno e médio porte.
Cabe ao músico entender a situação e decidir que posição tomar diante desse cenário. Manter-se na informalidade ou criar o próprio negócio?
Sobre a obra
Este artigo tem o objetivo de apresentar a cadeia produtiva da música no Brasil e, no final, um modelo de microempresa para uma banda de música. O principal produto da microempresa será o show ao vivo. “Com a crise da indústria fonográfica, o show se reafirma como principal fonte de renda do artista”, atesta a cantora carioca Marisa Monte em seu documentário (MARISA, 2008).
Fonte: Over Mundo