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Web Charge #3 Quem quer essa Vila Velha

Web Charge #3 Quem quer essa Vila Velha

 

Novo Plano Diretor Municipal de Vila Velha (PDM) foi alterado sob a orientação de interesses privados e sem ampla discussão com a sociedade. O PDM em questão prevê pesados impactos ambientais para o município.

 

No último dia 14 de julho de 2011, 15 vereadores contra 2 aprovaram as alterações no PDM de Vila Velha que prevê a criação de um superporto na região de Interlagos e a delimitação de sete distritos industriais na região rural do município. Áreas como a Reserva Natural de Jacarenema, lagoas e outras áreas verdes deverão ceder espaço aos novos empreendimentos.

 

O arquiteto responsável pela construção do novo PDM, Antônio Challub, quando questionado a respeito dos interesses da construção do novo Plano, deixou bem claro que ele foi financiado pela iniciativa privada e, mais especificamente, por empresários e donos de terras das localidades agora transformadas em distritos industriais.

 

O município de Vila Velha já é conhecido nacionalmente como uma cidade entrecortada por valões a céu aberto e profundas desigualdades sociais – qual é o turista que desce a terceira ponte e não experimenta o cartão postal do município entrando pelas narinas e agredindo o olfato? Diferentemente de um movimento que deveria se orientar para reverter o quadro instalado revitalizando o município e distribuindo renda, o que está sendo proposto é a implementação de um modelo desenvolvimentista que aprofunda sistematicamente a degradação ambiental da região e não se propõe resolver as questões sociais.

 

A Região Cinco de Vila Velha – que compreende os bairros de Terra Vermelha, Interlagos, Ponta da Fruta e Barra do Jucu, dentre outros – será a área mais afetada. Ocorre que está região é historicamente a menos assistida por politicas de infraestrutura e amparo social do município. Portanto, mudanças desse porte no PDM sem um replanejamento urbano para essas áreas – instalação de redes de saneamento, mais escolas e hospitais – é, no mínimo, um profundo desrespeito para com as populações locais, além de uma seríssima agressão ao patrimônio natural da cidade.

 

E isso tudo foi votado sem ampla convocação e mobilização da sociedade para o debate, desmontando o que se compreende por audiência pública, estritamente necessária neste caso. Além disso, o Plano Diretor Municipal aprovado está sujeito a ações de rechaço por parte do Ministério Público Estadual (MPES) que poderá entrar com ações de impedimento, já que por lei alterações desse porte só podem ser feitas em intervalos de cinco anos, sendo que PDM anterior foi feito em 2008.

 

Curtam a síntese que a ilustradora e chargista Laíssa Gamaro encontrou para esta questão.

 

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