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Pensar e Viver a cidade, essa é a proposta do coletivo de intervenções urbanas "PI"

Após ser premiado pela funarte, o coletivo pi estreia novo espetáculo, na casa das caldeiras.

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.Em 2013, o Coletivo PI recebeu o Prêmio FUNARTE - Mulheres nas Artes Visuais, com a performance urbana “Entre Saltos”, chegando a reunir cerca de 150 pessoas atuando em cada uma de suas ações, passando por cidades como  São Paulo, Campinas/SP, Porto Alegre/RS e Salvador/BA.

Seu novo projeto é um espetáculo chamado “O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos”, fruto de sua ocupação artística na Casa das Caldeiras que, além de incorporar o local à obra, traz um roteiro sobre especulações imobiliárias nos grandes centros urbanos e uma crítica ao nosso modelo de vida atual.

Trata-se de um espetáculo que remete o público a reflexões sobre como vivemos nas grandes cidades, as escolhas cotidianas que influenciam a vida de cada um, no que diz respeito à moradia, segurança e convivência coletiva, questionando também as relações que se estabelecem entre o sujeito e o espaço urbano. “De forma bem humorada, o espetáculo propõe uma imersão em nossa própria história, naquilo que determina nosso cotidiano e nos deixa a possibilidade de reinventá-lo.” Diz Pâmella Cruz, uma das diretoras do coletivo.

Durante esse espetáculo repleto de surpresas, o público percorre as ruas da região se deparando com instalações, vídeos e células dramáticas, que abordam entre outros temas, as questões levantadas sobre o “projeto de vida em segurança” oferecido hoje por grandes empreendimentos imobiliários.

INSPIRADO EM MICHEL FOUCAULT E ZYGMUNT BAUMAN, UM ESPETÁCULO ITINERANTE QUE FAZ DO PÚBLICO JOGADOR/FEITOR DA OBRA.

“O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos”  surgiu a partir de um dos temas da 29° Bienal de Artes de São Paulo: “O que é invisível na cidade?”. A construção do espetáculo foi inspirada nas leituras do grupo sobre os trabalhos de Michel Foucault e Zygmunt Bauman, pensadores que discursam sobre a vida na sociedade contemporânea, e propõe ao público uma imersão na arquitetura da região e no próprio organismo urbano, do qual somos partes.

O que o público verá em cena é um retrato do cotidiano de quem vive em uma grande cidade. Na história, situações absurdamente banais da normalidade da vida urbana são representadas de uma maneira bem humorada e critica.

Para o Coletivo Pi a intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. E é exatamente por isso, que este experimento urbano possibilita ao público percorrer as ruas da região, se deparando com situações e temas abordados pelo espetáculo, mesclando as linguagens do teatro, da intervenção e do audiovisual.

Pâmella Cruz (diretora do coletivo) explica um pouco da dinâmica do espetáculo: “Traçamos um espetáculo itinerante que mescla linguagens e ferramentas: teatro, vídeo, intervenção e instalações plásticas. Dessa forma, criamos um teatro expandido, dilatamos as possibilidades de estar em cena e em jogo com o público e com a própria cidade. Trabalhamos com a dinâmica do próprio bairro onde a Casa das Caldeiras está inserida, e os espaços que percorremos, são tão protagonistas quanto os personagens.”

A montagem tem como base propositora a especulação imobiliária e o conceito de “viver em segurança” nas grandes metrópoles. E o exemplo é o próprio bairro, onde a antiga fábrica Matarazzo está localizada, que hoje é caracterizado por uma crescente especulação imobiliária, construção de grandes complexos habitacionais, comerciais e shoppings de alto padrão. “Vemos os espaços públicos sendo diluídos em um planejamento urbano que prima pelo privado em detrimento do coletivo, onde há, claramente, um direcionamento para imóveis e projetos urbanos que privilegiam uma classe de maior poder aquisitivo, e criando recursos para afastar/segregar outros grupos sociais”, acrescenta Pâmella.

Tudo começa com o público sendo recepcionado por um corretor de imóveis, que trata a todos como compradores em potencial. Todos então são levados a um tour pela região e pela própria Casa das Caldeiras, para ser apresentado a um novo conceito em moradia ousado e inovador: O Complexo Sol Nascente (um empreendimento imobiliário, que se torna o mote principal para colocar em evidência os acontecimentos banais na aparente normalidade do cotidiano).

Todos podem então conhecer as ofertas e promessas deste maravilhoso empreendimento, que garante a possibilidade de não apenas “morar”, mas sim “viver”! O roteiro trata da vida agitada das grandes metrópoles e traz como seu fio-condutor, uma mulher comum: a personagem Norma, que durante o espetáculo passa por situações reconhecidas e/ou vividas pelo público, em seu dia-a-dia.

O espetáculo brinca com realidade e ficção, tornando o público ora observador distante, ora personagem da trama.

O projeto tem incentivo do Edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e da  Associação Cultural Casa das Caldeiras, na qual o Coletivo PI faz residência artística por meio do edital “Obras em Construção” desde abril de 2013.

A CASA DAS CALDEIRAS (RESIDÊNCIA ARTÍSTICA) E O BAIRRO

A Associação Casa das Caldeiras, uma antiga fábrica da renomada família Matarazzo, permanece como um espaço de resistência em meio à forte especulação imobiliária da região e se tornou uma ruína na paisagem verticalizada do bairro.

O espaço se mantém por meio de duas frentes de trabalho: uma comercial, com locação para eventos e festas; e outra cultural, por meio da qual o Coletivo PI realiza sua residência artística desde 2013.

O experimento torna a realidade apresentada em ficção, propondo ao público uma itinerância pelas ruas do bairro e espaços residuais que são ressignificados com imagens, cenas e instalações.

Trabalhar entre as fronteiras das linguagens e integrar seus diferentes recursos é um dos interesses centrais do Coletivo PI, já que as ações extrapolam o espaço convencional de teatro e são pensadas e realizadas nos espaços públicos como ruas, terminais rodoviários e tantos outros que possibilitam uma interação direta entre arte e vida. Para nós, parte do espetáculo acontecer na rua é possibilitar a presença do imprevisível, do movimento da cidade e seus moradores, é trazer para dentro do espetáculo, o ritmo, as imagens, o cheiro, é brincar com os símbolos, as convenções, as memórias daquele espaço e transformá-lo não apenas em cenário para uma representação, mas elemento fundamental para mesma.

O COLETIVO PI

O Coletivo Pi criado em 2009, pelas atrizes e diretoras Pâmella Cruz e Priscilla Toscano graduadas em Arte-Teatro-UNESP, realiza intervenções e ações híbridas a partir do meio urbano e dos espaços públicos, trabalhando nas fronteiras das linguagens (teatro, vídeo, instalações plásticas, dança, entre outras), afetando não só a arquitetura da cidade como o próprio sujeito. O núcleo é formado também por Natalia Vianna (diretora de arte/performer), Chai Rodrigues (produtora executiva/performer), Mari Sanhudo, Jean Carlo Cunha e Adriano Garcia (performers/assistentes de produção geral). Os artistas convidados para esse projeto são:

Marcelo D’Avilla – performer, preparador corporal

Julio Razec – performer

Emanuela Araújo– atriz

Fernanda Pérez – atriz

Thiago Camacho – performer

Maira Meyer – atriz

Rodrigo Spavanelli – ator/ equipe técnica

Participações Coletivo Pi: Seminário de Artes da Universidade Federal de Goiânia: Coletivos de Intervenção Urbana (junho/2014); Projeto “Entre Saltos” contemplado pelo Prêmio Mulheres nas Artes Visuais da FUNARTE (2014); “Entre Saltos” Sesc Campinas-março/2014; Performance “Contornos”–Sesc Vila Mariana/Virada Cultural–maio/2014; Palestra “Cultura e Empoderamento Feminino”-Sesc Vila Mariana–maio/2014; Projeto Reflexos Urbanos–gestão cultural do CEU das Artes Indaiatuba pela FUNARTE–2014/2015; “Na Casa de Paulo”–intervenção itinerante nos bairros de SP contemplado pelo Prêmio Artes na Rua da FUNARTE–2012.

ESPETÁCULO GRATUITO PERMITE AO PÚBLICO CAMINHAR PELAS RUAS DO BAIRRO E INTERAGIR COM A CIDADE

O espetáculo “O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos” será realizado em temporada totalmente gratuita, sendo um espetáculo itinerante, partindo do espaço da Associação Cultural Casa das Caldeiras e caminhando pelas ruas da região.

A diretora do Coletivo PI, Pâmella Cruz, explica: “Quando trabalhamos com intervenção urbana e ocupamos as ruas e as áreas públicas, podemos dizer que nos transformarmos em poetas da ação, para a construção de narratividades efêmeras num espaço que se transforma em um lugar afetivo.”

“O Retrato mais que óbvio daquilo que não vemos” é um espetáculo leve, que brinca com a lógica e os padrões do nosso cotidiano. Faz com que o público tome distância para ver com um olhar mais atento e curioso, situações cotidianas. Instaura uma relação de jogo e cumplicidade entre público e artista, com cenas inusitadas e cheias de humor. Proporciona uma experiência urbana pela região e interferi na dinâmica do bairro, na visualidade da rua e na rotina do local. O objetivo é despertar o público para uma percepção simbólica e reflexiva do espaço da vida, de um cotidiano momentaneamente dilatado, ressignificado.

Este ousado projeto prevê temporada de dois meses, com três apresentações semanais incluindo agenda de sessões fechadas para estudantes de Instituições de Ensino Superior e escolas de Arte.

SERVIÇO:

Temporada: 21/09 à 28/10
Horários: Domingos ás 20h30 / Segundas e terças ás 20h
Exceto: 23 de setembro e 07, 14 e 21 de outubro (terças-feiras)
Entrada Gratuita - Chegar com 20 minutos de antecedência para retirar o ingresso
Público: acima de 18 anos
Capacidade: 20 pessoas
Duração: 110 minutos
Endereço: Associação Casa das Caldeiras - Av. Francisco Matarazzo, 2.000 - Estacionamento no local.

FICHA TÉCNICA

Produção: Coletivo PI
Concepção: Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano
Dramaturgia: Coletivo PI
Direção: Pâmella Cruz
Direção de Arte: Natalia Vianna
Trilha Sonora: Coletivo PI
Vídeo: Chai Rodrigues e Priscilla Toscano
Preparação Corporal: Marcello D’Ávilla
Assistentes de Produção: Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo
Contrarregragem: Rodrigo Spavanelli e Sandra Toscano
Assessoria em Arquitetura: Maria Carolina Braz
Assessoria de Imprensa e Comunicação: Luciana Gandelini
Elenco: Pâmella Cruz; Natalia Vianna; Fernanda Pérez;   Marcelo D’Avilla; Júlio Razec; Emanuela Araújo; Mari Sanhudo; Thiago Camacho; Maira Meyer; Jean Carlo Cunha; Priscilla Toscano; Douglas Torelli.

Contatos:

www.coletivopi.com
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Facebook: Coletivo Pi
Assessoria de imprensa:
Luciana Gandelini
Cel: 11 9 9568-8773 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.