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“Demarcando fronteiras antes negligenciadas”, texto do Jhon Conceito

Jhon criou uma série de textos para o DNA Urbano e vale a pena a leitura de cada um... Toda semana, um texto novo desse grande artista capixaba.

Demarcando fronteiras antes negligenciadas.

A veracidade dos depoimentos poéticos, exemplos Slams interdita e encanta, seduz.
O século 21 resignifica a literatuda não pelo distanciamento do campo intelectual mas pela formação de outra intelectualidade.
Essa ficção literária refaz o morto. E as novas gerações intercedem.
A superioridade da poesia sobre a história através do poder pelo que se fala, imagina alguem fantasiar a suas próprias desgraças, inovamos o que era um privilégio pelo fato de ter sido negligenciado para a maioria, então pelo acesso forçado reiventamos a literatura através da oralidade que de tão velha foi esquecida pela falta oferta de tempo ou pelo racismo. Um aglomerado de preconceitos.

A literatura que ao mesmo tempo é universal e particular, passa a se gabar por através da arte minoritária conseguir subir ao universal. Quem imaginaria um poeta ganhando destaque, participando de comerciais ou ganhando presentes de grandes marcas do sistema capitalista ou compondo a programaçao de um programa de TV em horário nobre, lembrando que não estou julgando textos ou analisando quem é bom ou ruim escritor. Só te atentando para o progresso através do afrofuturismo literario sendo reconhecido pela especialização, o poeta periférico aprende primeiro a prática e depois teorias, textos escritos como se viveu sem pontuações ou fôlego, corridos, cheios de ginga é real. Idêntica em sua maioria com qualquer outra literatura que nao seja adjetivada de borda. Porém infelizmente o preto periférico mesmo compondo sua totalidade ainda sim recebe as nomeclaturas e caracterização, sobretudo sua vivência para o futuro e a forma da memória ou dos “passados que insiste ser presente”.

Somos indivíduos desprovidos de vida, somente narrando o que passa ao nosso redor.

Jhon Conceito aka ''Akiri Conakri''
Atua como educador, diretor de eventos, diretor musical, articulador e agente cultural, compositor, orientador de coletivos de favelas capixabas.